A História é repleta de relatos de falsificações arqueológicas. O homem de Piltdown, as placas Kinderhook, e o próprio Livro de Mórmon são bons exemplos desse tipo de safadeza. No mundo artístico há centenas de casos de falsificações, e é provavelmenteo ramo que atrai os forjadores mais prolíficos.
Entretanto, há algo em comum em todos esses casos: havia um benefício a ser atingido através da falsificação, seja convencendo alguém através do artefato produzido, ou tentando vende-lo por preço altíssimo como produção autêntica.
Como explicar uma falsificação que não almejou alcançar nenhum dos dois objetivos?
Essa é a dúvida que ecoa na cabeça dos estudiosos que analisaram o manuscrito de Voynich, que herdou o nome de Wilfrid M. Voynich, um colecionador de relíquias medievais que obteve o livro em 1912.
O livro tem 272 páginas e foi inteiramente escrito numa língua que jamais existiu. O manuscrito foi apresentado pros melhores criptógrafos americanos e britânicos da Segunda Guerra Mundial, e após meses de tentativas nem uma palavra sequer foi identificada. Como não há nenhuma forma de elucidar o texto, o conteúdo do livro foi deduzido através das ilustrações. A partir dela concluiu-se que o livro trata de botânica, astronomia, e biologia.
Antes que você sugira, não, Voynich não escreveu o livro por si mesmo. Especialistas concordam que o livro foi escrito no século XVI. Há várias teorias a respeito de quem o teria escrito, mas ninguém consegue chegar a um consenso a respeito do motivo da criptografia utilizada.
Resolução
O livro continua indecifrado. Não apenas indecifrado, como não se sabe se realmente diz algo ou se é apenas um amontoado de símbolos sem significado criado com o intuito de… parecer dizer algo. Vários pesquisadores já anunciaram ter encontrado indicações de que o livro é uma fraude, mas as evidências não são conclusivas.
O inexplicado atiça assim a imaginação, e o Manuscrito Voynich tem hoje uma fama que rivaliza o Necronomicon – que talvez seja mais famoso e misterioso justamente porque é um livro que além de indecifrado… não existe! Ou será que existe?
Por mais que nossas fantasias se esforcem, no entanto, é pouco provável que o livro de Voynich contenha invocações de demônios ou a resposta para a vida, o universo e tudo mais. Sabemos que ele data do século 15 ou 16, e as ilustrações que o acompanham não parecem sugerir grandes mistérios, apenas plantas, estrelas e figuras diversas.
Isso, claro, a menos que o texto indecifrado não tenha relação com as imagens, e contenha a invocação correta para despertar os Grandes Antigos.
Fonte : HBD e Ceticismo Aberto
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