Com o falecimento do profeta Maomé (falecido em 632) o comando da nova religião foi assumido por seu sogro, Abu Bakr, que passou a ser chamado Khalifat rasul Allah, ou seja, o 'sucessor do mensageiro de Deus'. No entanto, como este veio a falecer pouco tempo depois, um segundo Califa denominado Umar ou Omar, assumiu o poder. Todavia, a escolha não foi aceita por todos e o Califa Umar foi assassinado no ano de 644. Umar havia estabelecido um corpo de eleitores que elegeu Uthman (ou Otman) como novo Califa, mas para alguns esta honra deveria ter recaído desde o primeiro momento sobre o genro e primo de Muhammad, Ali.

Assim, algumas décadas após a morte do profeta Maomé gerou-se um cisma no islão em torno de quem deveria ser o líder da comunidade islâmica. Os partidários de Ali (do árabe 'shiat Ali'), passarão a ser conhecidos como Xiitas e sustentam que o verdadeiro sucessor do profeta deveria demonstrar sua descendência direta de Ali. Em contra partida, a outra corrente do islã chamada de sunita não acreditava na necessidade do sucessor ser descendente de Ali e acreditava representar o desejo da maioria.

Antes da morte do profeta Maomé, Alá revelou a ele a sua última mensagem. O profeta foi, então, comunicar a mensagem ao povo num certo local denominado Ghadir-e-Khum ("Vale do Lago"). Após a revelação da mensagem, o profeta disse: MAN KUTUM MOWLAHU FA-ALI MOWLA ("Para quem eu sou Senhor, Ali será seu Senhor também"). Os muçulmanos que não aceitaram Ali como sucessor do profeta chamam-se sunitas e os que aceitaram Ali como 1.º imã, são os chamados xiitas.

Como dito anteriormente, os xiitas reconheceram os descendentes de Ali como guias espirituais, sendo estes conhecidos como imãs. Eventualmente no seio do islão xiita surgiram conflitos em torno de quem deveria ser reconhecido como imã legítimo.

O sexto imã xiita, Jafar as-Sadiq, teve dois filhos, Ismael e Mussa. De acordo com a visão ismaelita, Sadiq nomeou o seu filho Ismael como seu sucessor. Porém, Ismael morreu três anos antes do pai, em 762 (ou segundo os ismaelitas escondeu-se por ordem do próprio pai). Uma parte da comunidade xiita entendeu por isso que o sétimo imã deveria ser Musa, enquanto que os outros (mais tarde conhecidos como ismaelitas), consideram Ismael como sétimo imã, apoiando a sucessão através do filho deste, Maomé.

Dessa forma, correto afirmar os Xiitas se subdividiram. Todos acreditavam que o chefe do Estado, ou imã deveria ser um descendente de Ali, dotado do dom de infalibilidade no escurtino da vontade de Deus. Mas discordavam de quem seria tal pessoa.

Os seguidores de Ismael, conhecidos por ismaelitas ou xiitas do sete imanes, porque aceitavam de incício apenas sete Imãs, sendo o sétimo Muhammad Ibn Ismael, foram considerados inimigos não só pelos Sunitas como pelos demais Xiitas.

No século seguinte pouco se sabe sobre os partidários de Ismael. No século IX este grupo cristalizou-se num grupo centrado na Síria, que se opunham ao califas abássidas.

Em 909 um ismaelita, Ubayd Allah al-Mahdi Billah, fundou um estado no norte de África, mais precisamente na área da actual Tunísia. A dinastia por si formada tomaria o nome de fatímidas, pois alegava ser descendente da filha de Maomé, Fátima e de Ali. Em pouco tempo, os Fatímidas conquistaram o Egipto, onde fundaram a cidade do Cairo no ano de 969, que funcionaria como capital da dinastia.

Um dos califas desta dinastia, al-Hakim (falecido em 1021) proclamou-se "Deus" e, nessa qualidade, revogou o Alcorão. Al-Hakim ordenou também a destruição da Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém, um dos factores que contribuirá para as Cruzadas.

Em 1094 ocorreu uma crise sucessória no califado fatímida. Após a morte do califa al-Mustansir, os irmãos al-Mustacli e Nizar lutariam pela liderança do califado. Os governantes fatímidas apoiariam al-Mustacli e os seguidores de Nizar, que ficariam conhecidos como nizaritas, fugiram para as montanhas da Síria e do Irão.

Na Síria o ramo nizari desenvolveu uma seita chamada hashinshin ("assassinos").

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